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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Transa Casual: Prós e Contras




Sou gay por mero acaso. E, no sexo, tenho cá minha parcela de Bill Clinton. Vou  explicar melhor, tim tim por tim tim!

Me considero gay por mero acaso por me diferenciar da maioria. Não gosto de sexo casual. Não utilizo as 24 horas do dia para paquera. Não sou festeiro. Praieiro, eu sou.

Quanto a me identificar com o ex-todo-poderoso Bill, também considero que uma brincadeirinha de leve não é sexo. Uns amassos vão muito bem. Uma pegaçãozinha, ótimo. Um sexozinho oral, melhor ainda. Por não ser sexo, isso tudo pode ser feito sem qualquer compromisso, sem antes um buquê de flores e um jantar à luz de velas, regado a vinho tinto.

Já para ter penetração na história, me identifico mais com a figura clássica feminina. Para sexo sexo, acho necessário ter intimidade, carinho, afeto – de preferência, amor, que é quando o sexo fica melhor. Se não existe um amor ou um namoro, para ter sexo acho necessário ao menos existir a probabilidade de uma destas hipóteses vir a se concretizar. Fazer e simplesmente dar tchau acho meio esquisito.


Vivo nessa corda-bamba, meio freira, meio puta. Confesso, é incoerente e retrogrado brincar à vontade e depois fechar as pernas no final, achando que não se “sujou” com o sexo. Se eu fosse católico, podia pensar ter um ranço religioso, mas não é esse o caso.

Mas é assim que sou. Na casualidade, adoro uns beijos com alguém que não sei o nome e a escuridão dos becos e vielas para algo mais hard – hard sim, mas com limites. Se for pra ter penetração, ai já vem o extenso rol das regras: não deve ser no primeiro encontro, deve rolar preferencialmente numa cama confortável, com trilha sonora de fundo e seguido por um banho a dois e por um pós-cavalgada repleto de abraços e carinhos.

Na verdade, na verdade, acho que vivo o dilema comum entre 10 e 10 gays. Busco pela relação completa (essa, que rolaria na cama). Talvez a idealize, e essa relação – ou seja, o amor - já parece até uma utopia, um sonho um tanto difícil de se concretizar. Mas dele, não abro mão. De uma forma ou outra, me guardo para este momento – que é o momento que vale a pena. Mas como não dá pra ficar esperando por ele ad infinitum, de quando vez apronto uma ou outra, que é pra ser feliz e não perder a prática.


Adoro os modernos, os libertinos, os desencanados... que curtem, gozam, fazem e acontecem. Eles seguem seus instintos animais e estão à frente da maioria, regida por seus  costumes arcaicos. Eu, pra variar, estou no limbo. Entre o arcaico, entre os velhos costumes femininos e, ao mesmo tempo, me pegando entre os becos lamacentos...

4 comentários:

Anônimo disse...

A busca eterna pelo outro.
Entendo sua postura com relação a não sair por ai ficando com quem quiser. Afinal aquelas almas mais sensiveis sabem que depois do gozo vem a profunda pergunda que diz: "Valeu a pena?"
Aquele que é acostumado com a casualidade, reflete pra mim apenas a total falta de esperança na verdadeira busca por se sentir gente ao lado de outro(a). Se sentir humano, pleno, repleto, cheio de si porem ligado a outrem.
No sexo casual isso deixa de existir. É como o Waldir diz, da uma e vira pra outro lado e vai embora. E depois Waldir, me responda, quando os seus verdadeiros anseios gritarem no coração e na razão, o que fará? Dara apenas uma gozadinha?
Sei lá, sexo é bom e todo mundo gosta, porem estamos ja em um tempo em que vale a penas lutar pelas parcerias, fixa.
dbclins11@hotmail.com

Waldir disse...

Meus verdadeiros anseios gritarem no coração e na razão??

Que conversa é essa???

É você que está tentando dar uma gozadinha às minhas custas!!!

E macho lá se preocupa (ou tem) essas frescuras de "anseios gritando no coração"?? Coração de macho não tem anseio, tem colesterol. E alto!

Meu conselho, larga mão de ser fresco!

Anônimo disse...

filhinha se joga na pegação e deixe acontecer... se com prevenção não há mal algum!!!

Anette disse...

Não gosto muito quando nossos leitores não se identificam. Como vou responder algo ali em cima? Querido ou querida (já que, ao contrário do Waldir, não consigo distinguir o sexo da pessoas) Anônimo? Gente, se não quer se identificar, pelo menos assina no final com um nome fictício, só pra me fazer feliz, que tal?

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