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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Diferença religiosa em relacionamentos


Pobre José. Virgem, Maria nunca poderia ser sexy.


Quando nasci, fui batizada como católica, por vir de uma família católica, mas não cresci lá muito praticante, nem lá muito religiosa. Minha mãe dizia que, por ter uma mãe beata, do tipo que obrigava todo mundo ir à igreja aos domingos e rezar a novena com os vizinhos uma vez por semana, não queria passar para os filhos o mesmo peso.

Graças a Deus! (He He He)

Para mim sexo é sexo. E relacionamentos tem sexo. É instinto, necessidade física mesmo, para um bem estar psicológio. O Sexo só sexo já poderia ser uma religião. Mas acho que nada a ver misturar uma coisa com a outra. Entendo que a consequência do sexo como princípio de criação de vida seja terreno fértil para o domínio religioso. Só que, no caso católico, a eleição de uma virgem como modelo de todas as virtudes é sintomática: a mulher perfeita não pode ter sexo. Mais ainda, além de virgem é mãe. Ou melhor: apesar de mãe, é virgem.

Se é difícil para a razão humana aceitar esta doideira, ela é enfiada goela abaixo através do dogma. Roma locuta, causa finita. É dogma e fim de papo.

Esta história de “é proibido o sexo antes do casamento” foi criada para ser burlada. E mesmo no casamento, o sexo não pode ser apenas prazer, mas deve ter como finalidade a procriação?! Sexo só pode ser entre homem e mulher?! Como se sexo entre homem e homem e entre mulher e mulher não fosse também prazeroso. E nisso reside o mal: para a Igreja, a finalidade do sexo não é o prazer. Portanto, nada de anticoncepcionais. Muito menos preservativo. Preservativo previne a Aids? Não importa. Que morram as gentes. Profilaxia é pecado.

Mas enfim, fossem só os católicos ortodoxos, eu os evitaria e pronto. Não ia nem sofrer, porque nunca encontrei um.

Mas tem os batistas, os testemunhas de jeová, os mórmons, todos a favor do sexo depois do casamento. E estes muito mais sérios em seguir a religião.

Achava que os espíritas fossem mais livres, menos encucados com sexo, até porque tem outras vidas pela frente, o que errar aqui, conserta na próxima. Mas não. Um simples boquete pode virar um martírio com os seguidores mais fervorosos de Alan Kardec. Semêm jogado fora, espíritos que perdem a chance de reencarnar! Juro, já ouvi isso de um namorado.

Aí, encontrei um judeu. Gente, é mais difícil! Qual é o dia eleito para sair para a balada ou para ficar em casa e curtir um sexozinho preguiçoso? Sábado!

Mas o sábado para os judeus é o tal do shabat. E tem umas prescrições absurdas dos judeus ortodoxos durante o shabat. E eu não sabia que o cara bonitinho, que me deu bola durante a aula de inglês era judeu. Entre as restrições estão: não acender luzes, não carregar objetos, nem mesmo a chave da porta, não apertar o botão do elevador, não cozinhar, não abrir a torneira de água quente, não rasgar papel higiênico e, claro, nada de sexo.

Interdições sem sentido algum, baseadas numas tais filigranas teológicas elaboradas pelos rabinos a partir de textos de três mil anos atrás, quando não havia luz elétrica, nem chave de porta, nem elevador nem botão de elevador, muito menos torneira de água ou papel higiênico.

Quando num amasso gostoso e quase forçado num sábado à tarde eu fui cortada pela terceira vez, não agüentei e parti para a guerra com a minha melhor arma: a informação! (Ah, há! Aposto como pensaram que era lingerie e oferecimento de sexo sem limites!)

Notebook em punho, internet a mil e eis a resposta! Não se deve menosprezar a sabedoria milenar! Eles criaram os absurdos, mas também encontraram a solução!

Gostei da malandragem rabínica. Uma zona franca onde se pode burlar a ortodoxia, o eruv. Esse é de rolar de rir. O eruv é uma cerca, real ou simbólica, que cria uma área dentro da qual são permitidas certas atividades que as leis judaicas proíbem. O eruv pode envolver uma casa, um jardim, ou até um bairro inteiro.

Tá, grande dificuldade em encontrar um rabino que criasse um eruv ao redor da minha cama, mas esta é uma outra história.

Bem que a Santa Madre Igreja Católica Apostólica Romana e os pastores protestantes poderiam ter mais jogo de cintura e criar alguns eruvin cristandade afora, onde se pudesse pecar com gosto e sem remorso.

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