Baixou o espírito do Waldir em mim e já vou começar esse post reclamando.
-Não tinha um tema mais light não?
Semana passada já foi tenso.
Eu até pensei que essa semana a gente ia falar de "fetiches" ou de "músicas para ouvir transando", aí me aparecem com um assunto desses.
-Que coisa!!!
-Não tinha um tema mais light não?
Semana passada já foi tenso.
Eu até pensei que essa semana a gente ia falar de "fetiches" ou de "músicas para ouvir transando", aí me aparecem com um assunto desses.
-Que coisa!!!
Todos sabem que o preconceito gera a discriminação, mas não é a discriminação propriamente dita!
Agora te faço uma pergunta:
-Quem não tem preconceito?
Eu por exemplo, não namoro com sapatossauras-rex, hippies, emos, macumbeiras, sujinhas...
Mas isso não quer dizer, que eu não posso ser amiga e me relacionar bem com elas!
Preconceito é uma coisa muito natural do ser humano.
Existem diversos fatores que nos levam a julgar uma pessoa à revelia, sem conhecimento prévio de seu caráter, sua personalidade, seu comportamento.
Um dia, precisei fazer uma viagem de trabalho.
Durante uma reunião, fui apresentada a uma senhorita muito distinta.
Ela era advogada e tinha uma postura muito séria, uma feição rígida e mal-humorada.
Tive uma péssima impressão dela.
Criei uma antipatia incrível e até então, tinha certeza que a recíproca era verdadeira.
Trocamos farpas durante grande parte do tempo que passamos juntas e cada segundo ao lado dela, era absurdamente insuportável!
Toda vez que ela me olhava, eu pensava:
-Puta que pariu, quanto tempo tem que essa vaca não senta num cacete?
(Eu não falo palavrões, mas penso palavrão o tempo todo!)
A reunião acabou, e entrou aquele clima de oba-oba.
Sempre tem um idiota em fim de expediente que sugere um happy hour.
Como eu era "visita", e (quase) todos estavam tentando me agradar, eu não podia recusar o convite.
Tive a ingrata surpresa de perceber que a advogada-mal-comida ía nos acompanhar e já fiz aquela "cara de bunda".
Agora te faço uma pergunta:
-Quem não tem preconceito?
Eu por exemplo, não namoro com sapatossauras-rex, hippies, emos, macumbeiras, sujinhas...
Mas isso não quer dizer, que eu não posso ser amiga e me relacionar bem com elas!
Preconceito é uma coisa muito natural do ser humano.
Existem diversos fatores que nos levam a julgar uma pessoa à revelia, sem conhecimento prévio de seu caráter, sua personalidade, seu comportamento.
Um dia, precisei fazer uma viagem de trabalho.
Durante uma reunião, fui apresentada a uma senhorita muito distinta.
Ela era advogada e tinha uma postura muito séria, uma feição rígida e mal-humorada.
Tive uma péssima impressão dela.
Criei uma antipatia incrível e até então, tinha certeza que a recíproca era verdadeira.
Trocamos farpas durante grande parte do tempo que passamos juntas e cada segundo ao lado dela, era absurdamente insuportável!
Toda vez que ela me olhava, eu pensava:
-Puta que pariu, quanto tempo tem que essa vaca não senta num cacete?
(Eu não falo palavrões, mas penso palavrão o tempo todo!)
A reunião acabou, e entrou aquele clima de oba-oba.
Sempre tem um idiota em fim de expediente que sugere um happy hour.
Como eu era "visita", e (quase) todos estavam tentando me agradar, eu não podia recusar o convite.
Tive a ingrata surpresa de perceber que a advogada-mal-comida ía nos acompanhar e já fiz aquela "cara de bunda".
O mundo gira. E nesse dia, meu mundo deu várias voltas e muito rápido!
Depois de três chopps, a "doutora" soltou o cabelo, tirou a parte de cima do tailleur (que era preto, que nem a aura dela), cruzou as pernas, deu uma levantadinha na saia, esboçou um sorriso e conversou agradavelmente comigo.
Eu disse a ela:
-Olha, quando você quer, consegue ser até legal!
E ela falou:
-Se você tiver paciência, quanto mais o tempo for passando, mais legal com você eu vou ficar!
Eu quase caí da cadeira, claro.
Mas consegui disfarçar. Fingi que não tinha entendido a cantada e a noite caiu.
O pessoal começou a debandar.
Tava ficando tarde, todo mundo tinha obrigações em casa (mulher-marido-criança- cachorro-papagaio-piriquito) e antes de sair, um dos rapazes se ofereceu pra me levar ao hotel.
Eu disse que tudo bem, e a advogada:
-Não senhora, vamos tomar mais uns dois chopps! Pode deixar que eu levo ela, Fulano.
O Fulano foi, e ficamos nós duas. A sós.
Conversamos mais uma meia hora e no trajeto de volta, percebi que ela estava tomando um rumo diferente.
- Huuum... acho que esse não é o caminho do hotel. Tá tudo bem?
E ela:
-Ah não. Eu moro aqui perto e quero que você conheça minha casa. Depois eu levo você.
Depois de três chopps, a "doutora" soltou o cabelo, tirou a parte de cima do tailleur (que era preto, que nem a aura dela), cruzou as pernas, deu uma levantadinha na saia, esboçou um sorriso e conversou agradavelmente comigo.
Eu disse a ela:
-Olha, quando você quer, consegue ser até legal!
E ela falou:
-Se você tiver paciência, quanto mais o tempo for passando, mais legal com você eu vou ficar!
Eu quase caí da cadeira, claro.
Mas consegui disfarçar. Fingi que não tinha entendido a cantada e a noite caiu.
O pessoal começou a debandar.
Tava ficando tarde, todo mundo tinha obrigações em casa (mulher-marido-criança-
Eu disse que tudo bem, e a advogada:
-Não senhora, vamos tomar mais uns dois chopps! Pode deixar que eu levo ela, Fulano.
O Fulano foi, e ficamos nós duas. A sós.
Conversamos mais uma meia hora e no trajeto de volta, percebi que ela estava tomando um rumo diferente.
- Huuum... acho que esse não é o caminho do hotel. Tá tudo bem?
E ela:
-Ah não. Eu moro aqui perto e quero que você conheça minha casa. Depois eu levo você.
Bem. Esse "Depois" foi no outro dia cedo.
Transamos a noite inteira e eu lembro desse dia como se fosse hoje, porque foi uma das minhas trepadas inesquecíveis.
Acho que inesquecível, não pela transa em si, mas pelo fato de ter sido uma coisa brutíssima e com uma pessoa que a primeira vista eu tinha simplesmente odiado.
E oito horas atrás eu não suportava olhar na cara dela. Agora ela está peladona, rebolando em cima de mim, pedindo pra eu bater naquele traseiro maravilhoso...Safada!
Eu tive um puta preconceito com ela, fiz um péssimo julgamento e no final das contas descobri deliciosamente que ela era o máximo.
Hoje somos grandes "amigas" e agora minhas viagens de trabalho se tornaram quase viagem de férias.
Eu dei um exemplo que aconteceu comigo e no final das contas, tudo acabou bem.
Mas você pode usar essa história de várias outras maneiras, se quiser!
Conheço muitas lésbicas que perderam suas "melhores amigas" quando se revelaram homossexuais.
-Poxa! A pessoa com quem você divide todos os segredos e suas experiências não confia mais em você simplesmente pelo fato de você ser lésbica? Às vezes você está confusa, precisa de alguém pra conversar, desabafar e ainda tem um baque desses?
Quando chega nesse ponto, o preconceito já virou discriminação e isso é sério.
Essa sua amiga, pode simplesmente chegar chocada no colégio e contar pra todo mundo o seu "super-segredo".
É uma bola de neve, e chega uma hora que a opressão é tão grande que você não suporta o sofrimento.
Eu realmente defendo a ideia de que a nossa orientação sexual deve ser omitida sim.
Sei que você está muito apaixonada pela sua gatinha e que você quer contar ao mundo o quanto você a ama!
Sei que você quer andar de mãos dadas com ela e beijá-la na boca aonde bem entender!
Sei que você se sente oprimida e rechaçada por não poder manifestar sua orientação sexual e seus sentimentos em público!
Todas nós passamos por essa fase e quando resolvemos enfrentar a tudo e a todos, descobrimos que é uma luta solitária.
Não adianta ficar forçando a barra e tentar mudar a mentalidade das pessoas na marra!
A sociedade infelizmente não vê com bons olhos esse tipo de manifestação.
Muitas meninas perderam seus empregos depois que foram descobertas.
As maria-caminhão-tomba-homem, coitadas... às vezes perdem várias oportunidades, somente pelo fato de coçar o saco imaginário, usar calça boyfriend, pochete e camisa pool.
Transamos a noite inteira e eu lembro desse dia como se fosse hoje, porque foi uma das minhas trepadas inesquecíveis.
Acho que inesquecível, não pela transa em si, mas pelo fato de ter sido uma coisa brutíssima e com uma pessoa que a primeira vista eu tinha simplesmente odiado.
E oito horas atrás eu não suportava olhar na cara dela. Agora ela está peladona, rebolando em cima de mim, pedindo pra eu bater naquele traseiro maravilhoso...Safada!
Eu tive um puta preconceito com ela, fiz um péssimo julgamento e no final das contas descobri deliciosamente que ela era o máximo.
Hoje somos grandes "amigas" e agora minhas viagens de trabalho se tornaram quase viagem de férias.
Eu dei um exemplo que aconteceu comigo e no final das contas, tudo acabou bem.
Mas você pode usar essa história de várias outras maneiras, se quiser!
Conheço muitas lésbicas que perderam suas "melhores amigas" quando se revelaram homossexuais.
-Poxa! A pessoa com quem você divide todos os segredos e suas experiências não confia mais em você simplesmente pelo fato de você ser lésbica? Às vezes você está confusa, precisa de alguém pra conversar, desabafar e ainda tem um baque desses?
Quando chega nesse ponto, o preconceito já virou discriminação e isso é sério.
Essa sua amiga, pode simplesmente chegar chocada no colégio e contar pra todo mundo o seu "super-segredo".
É uma bola de neve, e chega uma hora que a opressão é tão grande que você não suporta o sofrimento.
Eu realmente defendo a ideia de que a nossa orientação sexual deve ser omitida sim.
Sei que você está muito apaixonada pela sua gatinha e que você quer contar ao mundo o quanto você a ama!
Sei que você quer andar de mãos dadas com ela e beijá-la na boca aonde bem entender!
Sei que você se sente oprimida e rechaçada por não poder manifestar sua orientação sexual e seus sentimentos em público!
Todas nós passamos por essa fase e quando resolvemos enfrentar a tudo e a todos, descobrimos que é uma luta solitária.
Não adianta ficar forçando a barra e tentar mudar a mentalidade das pessoas na marra!
A sociedade infelizmente não vê com bons olhos esse tipo de manifestação.
Muitas meninas perderam seus empregos depois que foram descobertas.
As maria-caminhão-tomba-homem, coitadas... às vezes perdem várias oportunidades, somente pelo fato de coçar o saco imaginário, usar calça boyfriend, pochete e camisa pool.
É complicado ser gay, quando você é discreto. As pessoas ficam questionando o tempo inteiro sobre a sua vida, querendo saber porque você nunca apresentou um namorado pra galera, porque você está sempre na companhia da mesma garota e só tem amigos gays.
Agora, imagina que tipo de especulações as pessoas vão levantar quando tiverem certeza?
Eu fujo dessas situações, indo contra qualquer tipo de esteriótipos!
Faço minhas unhas, uso roupa justa, adoro um salão de beleza, uma esteticista e principalmente vestido e salto alto sempre!
Assim eu não preciso fazer linha e ficar posando de hétero com amiga-besha (acho isso o fim) e as pessoas podem até desconfiar... ter certeza? Jamais!
Infelizmente, a luta contra o preconceito e contra a discriminação ainda tem um longa jornada para chegar a seu fim. Esse tipo de "sentimento" ainda faz parte da nossa formação, porque crescemos vendo nossos pais e amigos tomando atitudes discriminatórias o tempo todo. Quem nunca ouviu falar em bullying? Meninos agridem um colega porque ele é gago, gordo, porque tem alguma deficiência física, porque é de outra raça, dentuço ou porque é afeminado ou “masculinizada”.
Discriminação é uma espécie de câncer da sociedade e pra tratar essa doença, temos que fiscalizar primeiramente os nossos pensamentos e atitudes. Procurar evitar formar conceitos antecipadamente, sobre pessoas que acabamos de conhecer.
Quando agimos assim, deixamos de fazer amigos, contatos profissionais interessantes e principalmente, quando o preconceito vai além dos limites, prejudicamos um ao outro e contribuímos na instauração de um regime violento na sociedade. Pra acabar com isso é simples: Lembre-se que Deus deu uma vida pra cada um. Cuide da sua! Pare de procurar e apontar defeitos nos outros, procure em você! Com certeza encontrará muitos e chegará à conclusão de que não é dotado da capacidade de julgar ninguém, por qualquer preceito que seja.
"Quando se destrói um velho preconceito, sente-se a necessidade de uma nova virtude." (Anne Louise Germaine Necker)
2 comentários:
Caramba.....
Que texto maravilhoso.
Não é se declarando ou tentando impor uma postura que ela será aceita por todos.
A homossexualidade é dificil sim de ser aceita, porem postura e testemunho de vida dizem tudo.
Esta na hora de deixar de ser caricato e ser gente mesmo. Gostando de homem, gostando de mulher, enfim, gostando dos dois, não importa. Importa sim as virtudes e essas não fazem distição de genero ou distinção sexual. Virtude ou as temos ou simplemente temos que correr atras para te-las.
Parabens Nany. Esta escrevendo cada vez melhor
Realmente, a Nany tá ficando cada vez melhor nos textos. Adorei a história da mulher cisuda que vira um furacão!
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