Workaholic? Gente, mudaram a temática aqui?
Quando me convidaram pra escrever De Quatro, achei que íamos falar de sexo...
E venhamos e convenhamos: transar não é um exercício muito praticado por pessoas viciadas em trabalho.
Esse tema, traz a tona um misto de lembranças que eu gostaria de esquecer.
Quem nunca passou por uma experiência amorosa falida, onde você aposta tudo em uma determinada pessoa e no final das contas, se vê no fim da lista de prioridades dela?
E o pior de tudo é quando a coisa mais importante do outro é o trabalho e não você!
E o pior de tudo é quando a coisa mais importante do outro é o trabalho e não você!
Quando eu estava iniciando meu ultimo ano de faculdade, já tinha pegado um monte de amiguinhas, estava naquela de "nem olhar pros lados"... aconteceu uma coisa interessante.
Eu estava na biblioteca procurando um livro e ao virar em um dos corredores tive a visão do Paraíso!
Uma morena de uns trinta anos - corpão, cabelos longos, pretos e lisos, batendo na cintura. Usava um vestido branco que definia bem as curvas dela. Suas pernas ficavam parcialmente a mostra e eram grossas e bem torneadas, tão depiladas que chegavam a brilhar. Ela não era alta e seus pés eram pequenos e delicados.O rosto, nem se fala. Parecia que tinha sido esculpido pelos deuses em um dia muito inspirado!
-Como é que eu nunca tinha visto essa rainha por aqui?
Resumo da ópera:
Ela era minha professora. Nunca tinha visto ela por ali, porque ela vinha transferida de outra unidade e era recém-chegada na cidade. Com o tempo, descobri que ela era solteira, não tinha muito amigos e vivia praticamente pelo trabalho. Tinha muitas turmas, muitos projetos. Orientava várias monografias (inclusive a minha). Era extremamente dedicada e competente. Ou seja: uma Workaholic!
Eu jamais desconfiei da sexualidade dela, não dava pra defini-la como hétero ou homo. Ela não se relacionava com ninguém, morava sozinha e seu telefone não tocava (a não ser que fossem assuntos de trabalho).
Não preciso entrar muito em detalhes para dizer que eu fiquei De Quatro por aquela mulher. Era meu amor platônico. E pra mim, amor platônico funciona assim: É perfeito enquanto tudo depende do meu imaginário, mas quando vira realidade as coisas se transformam em um pesadelo!
Depois que eu me formei, marcamos de sair com uns amigos da turma pra "tomar uma" e relembrar os tempos da faculdade. Alguém acabou convidando a professora Fulana e depois de algumas doses de whisky, levanto a cabeça e vejo ela vindo em nossa direção. Vindo não! Desfilando....
Conversamos um pouco e quando eu estava saindo, ela me entregou o cartão de visitas e pediu que eu ligasse pra ela depois.
Coloquei na minha bolsa e ficou por ali...
Uma semana mais tarde eu encontrei ele perdido e pensei:
-Por que não?
Liguei pra ela e marcamos um jantar informal, pra trocar uma idéia. Conclusão: Seis meses de namoro.
No começo era um mar de rosas e eu estava completamente encantada por ela. Os "quatro pneus arriados!". Depois de uns dias, a "lua-de-mel" acabou e os defeitos começaram a aparecer.
Ela me trocava pelo trabalho. Nunca se divertia e estava sempre com a cabeça ligada nos assuntos da faculdade;
Isso me faz lembrar da célebre frase de Arnaldo Jabor: "Quem não dá assistência, perde a preferência"...
Eu estava na biblioteca procurando um livro e ao virar em um dos corredores tive a visão do Paraíso!
Uma morena de uns trinta anos - corpão, cabelos longos, pretos e lisos, batendo na cintura. Usava um vestido branco que definia bem as curvas dela. Suas pernas ficavam parcialmente a mostra e eram grossas e bem torneadas, tão depiladas que chegavam a brilhar. Ela não era alta e seus pés eram pequenos e delicados.O rosto, nem se fala. Parecia que tinha sido esculpido pelos deuses em um dia muito inspirado!
-Como é que eu nunca tinha visto essa rainha por aqui?
Resumo da ópera:
Ela era minha professora. Nunca tinha visto ela por ali, porque ela vinha transferida de outra unidade e era recém-chegada na cidade. Com o tempo, descobri que ela era solteira, não tinha muito amigos e vivia praticamente pelo trabalho. Tinha muitas turmas, muitos projetos. Orientava várias monografias (inclusive a minha). Era extremamente dedicada e competente. Ou seja: uma Workaholic!
Eu jamais desconfiei da sexualidade dela, não dava pra defini-la como hétero ou homo. Ela não se relacionava com ninguém, morava sozinha e seu telefone não tocava (a não ser que fossem assuntos de trabalho).
Não preciso entrar muito em detalhes para dizer que eu fiquei De Quatro por aquela mulher. Era meu amor platônico. E pra mim, amor platônico funciona assim: É perfeito enquanto tudo depende do meu imaginário, mas quando vira realidade as coisas se transformam em um pesadelo!
Depois que eu me formei, marcamos de sair com uns amigos da turma pra "tomar uma" e relembrar os tempos da faculdade. Alguém acabou convidando a professora Fulana e depois de algumas doses de whisky, levanto a cabeça e vejo ela vindo em nossa direção. Vindo não! Desfilando....
Conversamos um pouco e quando eu estava saindo, ela me entregou o cartão de visitas e pediu que eu ligasse pra ela depois.
Coloquei na minha bolsa e ficou por ali...
Uma semana mais tarde eu encontrei ele perdido e pensei:
-Por que não?
Liguei pra ela e marcamos um jantar informal, pra trocar uma idéia. Conclusão: Seis meses de namoro.
No começo era um mar de rosas e eu estava completamente encantada por ela. Os "quatro pneus arriados!". Depois de uns dias, a "lua-de-mel" acabou e os defeitos começaram a aparecer.
Ela me trocava pelo trabalho. Nunca se divertia e estava sempre com a cabeça ligada nos assuntos da faculdade;
Isso me faz lembrar da célebre frase de Arnaldo Jabor: "Quem não dá assistência, perde a preferência"...
Ela resume basicamente o que eu penso da relação vício X amor.
Sinceramente, não sei diferenciar o Workaholic de qualquer outro tipo de viciado, seja ele alcoólatra ou narcótico.
O vício é um hábito repetitivo que causa prejuízos ao viciado e aos que estão a sua volta.
O vício é um hábito repetitivo que causa prejuízos ao viciado e aos que estão a sua volta.
Tudo bem, que perante a sociedade um workaholic é muito mais "virtuoso" que um usuário freqüente de cocaína ou maconha.
Dificilmente você vê alguém recriminar uma pessoa que trabalha demais.
Quando se prioriza o vício em detrimento do relacionamento, ele com certeza irá naufragar! Podem demorar anos, mas em um determinado momento uma das partes irá se cansar...
Quando se prioriza o vício em detrimento do relacionamento, ele com certeza irá naufragar! Podem demorar anos, mas em um determinado momento uma das partes irá se cansar...
Meu relacionamento com a professora, foi um bom exemplo disso. Eu estava aberta a ter uma coisa mais séria com ela e completamente apaixonada. Ela, além de linda tem um charme natural, uma educação fora do comum...
O sexo era maravilhoso (no início, é claro) e ela era muito fogosa e safada! Passávamos horas transando e gozando... Mas quando tudo acabava, ela se levantava da cama e ia trabalhar no computador.
No começo eu não me importava, mas depois foi ficando chato e eu me irritei muito com isso.
E como qualquer pessoa que se dedica completamente a um hábito específico, acaba deixando de lado sua família, seus amigos e seus amores, ela não fugiu da regra.
Eu jamais fiz cobranças quanto a isso e quando ela caiu em si, já estava tudo acabado e eu não tinha mais a mesma disposição de encarar esse lado trash dela.
Aquele encantamento todo acabou e eu sinceramente não tenho saudade nenhuma do que passou.
Eu amo minha profissão e meu trabalho, mas nem por isso eu deixo de valorizar as pessoas que estão ao meu redor! Guardo sempre um tempo pra estar só com meus amigos, com a minha família e pra namorar. A partir do momento que piso fora do escritório, minha cabeça está no mundo e nas milhares coisas das quais posso usufruir.
Por isso, lembre-se que quem teima na infelicidade, que perde o equilíbrio e a confiança, se perde na vida.
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