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sábado, 28 de novembro de 2009

Sexo a Três


Já quero começar esse post pedindo desculpas aos caros leitores. A noite foi looooonga e ainda não dormi. A festa foi boa...

Mas vamos lá. Se eu escorregar no protugês(sic) é por causa da noitada. Sexo a dois é ótimo. Sexo a quatro melhor ainda. Sexo a cinco, seis, sete, oito, melhora quanto maior é o número. Sexo a três, IMHO, complica... Explico: a não ser que as três partes se gostem exatamente do mesmo tanto, um casal

sempre cria uma conexão mais forte e a terceira parte fica jogada para escanteio. Pode parecer estranho, mas eu, Brian, super cosmopolita e liberado, tenho minhas reservas com o sexo a três. E não quero dizer somente quando tem emoção no jogo. Quando é somente sexo, também, a coisa pode

degringolar bem rapidinho...

Você aprende com a experiência. Correto? Pois aqui vão duas das minhas experiências. Não vou cansar meus leitores com as 500 outras...

Em um desses tete-a-tete a três, eu encontrei esses dois caras super sarados, gostosos mesmo, aqui na praia de Fort Lauderdale. Conversa vai, conversa vem, fui parar no hotel onde os dois estavam hospedados. Foi uma merda. Os dois tinha uma coisa de ficar de joginho de quem ia comer quem primeiro, e senti que não era bem sexo que eles queriam. Eles queriam era jogar, às minhas custas. Assim que percebí as regras do jogo, cascei

fora, pois não nivelo por baixo.

Quer uma muito mais recente? Meu namorado e eu temos uma relação aberta. A regra-mãe que temos na relação é: você nunca mente para mim, eu nunca minto para você, conversamos sobre tudo, e tudo se ajeita. Ok até aí tudo bem. O problema é que a vida é mais complicada que essa regra aí de cima. A não ser que você escreva uma constituição para reger a relação, você tem que fazer ajustes aqui e alí. Pois bem. Um ano atrás, estávamos nós em São Francisco na California a passeio, quando em um bar um certo Mr. resolve se engraçar para o lado do meu namorado. Diz ele: “Por que você não sobe aqui no palco e participa do concurso de mais pauzudo da quinta-feira?” Eu, sem perder a pose, virei para ele e falei: “Por que você não vem aqui e chupa essa rola na minha frente como

um bom menino que você é? Depois, se você fizer direitinho, posso pensar no seu caso e decido se deixo meu namorado participar.” Pronto! Foi o que precisava para lançar um desafio. O dito cujo era muito, mas muito parecido comigo mesmo, e decidiu pagar para ver. Desceu do palco e veio ficar com nós dois. Demos uns beijos e abraços. Entre os amassos, mão nisso, mão naquilo, boca naquilo outro e dedo naquele outro, o bendito do namorado do Mr. resolve aparecer para botar ordem na casa. OK. Trocamos telefones e e-mails e ficamos de nos ver no futuro. Meu namorado trocou diversos e-mails com o cara, ligou para o cara ao longo de um ano, e finalmente chegou a hora de nós voltarmos para São Francisco. Dessa vez com tempo de fazer bem feito! Ligamos para o cara, que por sinal nos ajudou a comprar ingressos VIP super disputados para uma festa que acontece uma vez por ano em São Francisco, e ficamos de nos encontrar, os três, mais o namorado, que ficaria apenas olhando. Adoramos a festa e nos desbundamos no dia seguinte, trepando com o Mr. das 8 da manhã até as 5 da tarde. Gozei 5 vezes, sem nenhum exagero. Foi ótimo.

Mas eu, velhaco que sou, não tirei da cabeça aquela coceirinha: “Esse cara é perigoso. Fica de olho!”

E fiquei. Avança uma semana. Nós de volta em Fort Lauderdale, recebemos um telefonema do Mr.: “Estou com saudades de vocês. Quero ir passear na Florida.” Meu maridão e eu conversamos e ele, o Mr., comprou uma passagem. “Estou chegando quinta-feira. Tudo bem?” Aquela vozinha cresceu: “Esse cara é perigoso. Fica de olho!” E fiquei. Mas não sou de perder tempo na vida. Assim como ele pagou para ver descendo daquele palco um ano atrás, decidi que iria pagar para ver também. Veio o Mr., bom, bonito, gostoso e poderoso. Uma cópia carbono de mim, principalmente em personalidade. Ele ficou uma semana. Chegou numa quinta-feira e foi embora na outra. Eu, como tinha uma conferência de trabalho em Washington D.C., tive que viajar no domingo de noite. “Esse cara é perigoso. Fica de olho!” E fiquei. Volto eu da minha conferência e meu namorado vem com uma conversinha de lado: “Eu e o Mr. queremos nos ver mais vezes, de preferência quatro ou cinco vezes por ano.” Escutei, pensei, matutei, e falei: “Sem problemas. Desde que não haja mentira e seja tudo combinado, não tem problema.” Pensei, mas não verbalizei, que meu namorado queria dizer que o Mr. viria 2 a 3 vezes para a Florida, nós dois iríamos 2 a três vezes a São Francisco, e nós três continuaríamos essa delícia de relacionamento. No dia seguinte, meu namorado diz que o Mr. comprou uma passagem para ele ir visitá-lo em São Francisco. Pensei: “Pera aí! Sozinho, o Mr. e meu namorado, sem me convidar?” Bingo! O Mr. mostrou as asinhas. Contei-las-lhas-mas-nas no tronco! Nope! Aquí não vagabundo. Vai buscar outro para brincar.

Para resumir uma história muito longa, no final das contas eu e meu namorado mudamos muito nossa relação e estamos hoje muito mais próximos. É na verdade a relação mais perto de casamento que já tive em minha vida. Portanto, moral da história:

  1. Não se feche para o mundo
  2. Transa a três faz parte do mundo
  3. Mas fique de olho!! Pois alguém sempre sai machucado. Mesmo que seja quando tem só sexo.

Falei, disse e tenho dito!

Brian

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