Não existe pessoa mais ávida em manter um relacionamento fixo (e nisto eu conto pintos amigos, amizades coloridas, namorados) do que a mãe solteira. É muito complicado sair de casa para caçar e eu, como solteira convicta, ainda acho pior os relacionamentos consolidados, como namoros longos e casamento. Mas uma presença masculina constante para o sexozinho nosso de cada dia é fundamental.
Então, estou eu no meu terceiro encontro com o meu mais recente ficante. Ele é um docinho de pessoa, faz o estilo romântico, gosta de me levar para jantar antes de ir para casa para uma noitada. Na nossa última saída, voltando do restaurante, dei-lhe uns amassos maliciosos dentro do carro antes de descer. Fui abrir a porta de casa e ele me abraçou por trás, se esfregando todo, mordendo minha orelha até sussurrar: “Dá o seu cu pra mim hoje?”
Pára tudo para a minha análise agora.
O tom da pessoa era quase tímido. Entre o implorando e o medo de rejeição. Minha reação é de indignação e espanto. Dois dias para comer meu cu? O que passa na cabeça destes homens de hoje? Será que eu ficar esfregando minha bunda no pinto duro dele não dá nenhuma dica? Queria saber quem foi a não-safada, a não-sem-vergonha que inventou que sexo anal é algo como um prêmio para o parceiro. Toda esta baboseira reprimiu os homens, coitados. Agora, para conseguirem um cuzinho é preciso pedir, implorar, deixar de ir ao futebol com os amigos por semanas seguidas, oferecer jóias caras. E agora nós, as adoradoras de sexo anal, temos que passar por safadas, sem vergonha, piranhas e oferecidas (no modo perjorativo dos termos).
Não estou nem aí se esta criatura aprendeu que isto é um prêmio para ele. É um prêmio para mim! Sim, eu queimo a rosca, dou o botão, libero a porta dos fundos, Eu simplesmente adoro sexo anal. Mas não saio por aí oferecendo para todos os ficantes, porque, ao contrário do dito popular, não é todo homem que gosta da coisa, não. E pior, não é todo homem que sabe como fazer.
Atitude de quem se reprime e não sabe o que está perdendo
Nos séculos de repressão sexual, falaram para as mulheres que sexo anal não pode, são contra as leis divinas e que dói. Claro que dói, gente! Mas até o sexo papai e mamãe dói no começo, menos pra algumas sortudas com o tal hímen complacente. Toda prática leva à perfeição. Todo cuidado é recompensado.
Meu cu é uma segunda buceta. Eu gozo com ele do mesmo jeito. E por isto, eu cuido bem dele. Como linhaça e aveia de manhã não por causa de prevenção à possíveis problemas do coração e obesidade. Faço isto para que tenha paz e tranquilidade na minha vida sexual. Vou ao proctologista uma vez por ano, da mesma forma que vou ao ginecologista e estou sempre, sempre treinando a musculatura local, junto com meus exercícios de pompoarismo.
E, se pego um parceiro que não sabe fazer, tenho mais prazer ainda em explicar, mostrar como funciona, apresentar a minha gama infinita de posibilidades, geiszinhos, creminhos, oleozinhos, plugs e consolos para este fim. Mas, em excitação total, dispenso todos os acessórios e gosto da coisa forte, com pressão e atrito. Gosto de dar o cu de quatro, de ladinho, de costas, em pé, no carro. Acho mesmo que devo ter sido gay na encarnação passada, porque sexo anal me dá um prazer louco. Mais louco ainda quando junta as duas coisas. Um consolo na buceta e um pinto no cu, ou vice-versa. Muito louco, extremamente prazeroso!
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