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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Sexo Anal


Sou brasileira de estatura mediana bem como outros adjetivos que poderiam classificar minha pessoa, que seja: estar entre o grande e o pequeno, o bom e o mau, mediano, meão, trivial. Por estes e alguns outros adjetivos menos relevantes fui convidada a escrever sobre o nobre assunto dessa semana. Vou dar meu testemunho aqui e não quero com isso ensinar sexo anal a ninguém, inclusive porque tenho pouca experiência, mas eu sei como é reconfortante saber que algumas angustias são as mesmas, bem como os prazeres, e se alguma dica aqui ajudar um menos experiente, vou achar bom ter contribuído para o prazer de alguém no mundo.
Sem querer escorregar direto no tema, devo esclarecer que será necessário fugir um pouco do meu vocabulário cotidiano pra discorrer o assunto. Rola, caralho, pau, cu, dentre outros, são substantivos muito raros na minha boca, mas também não faz o menor sentido tentar falar de sexo anal utilizando termos como o orifício externo do reto ou um pênis quando dependendo do indivíduo o mais adequado seria caralho, o que reúne uma série de adjetivos implícitos na palavra.
E testando a minha língua solta, vamos começar pela minha primeira trepada. Pois então, quando a gente acha que a primeira vez vai ser inesquecível, sonhamos com beijos, carícias, romantismo e uma transa ardente, porém trivial, ou seja, um pau na xoxota, para os héteros obviamente (quase me esqueço que os homo são a grande maioria nesse blog). Mas no meu caso, os sonhos ficaram a parte e a minha primeira trepada, depois de muito sexo alternativo, foi no cu mesmo. Frustrante, afinal de contas eu não saberia como ter um orgasmo numa transa normal quanto mais começando pela porta dos fundos. A entrada alternativa foi usada na ocasião por motivos bastante relevantes na época. Deixar de ser virgem há uns anos atrás, muitos anos atrás, eu admito, era uma decisão difícil de tomar, ainda mais se você fosse uma mocinha criada na escola dominical. Eu sempre acreditei que no começo da nossa vida sexual tudo é curiosidade. É lógico que tem tesão, talvez até mais do que a gente vai ter pro resto da vida, mas as descobertas revelam algumas decepções, e o jeito é aprender a tirar proveito do que há de melhor no sexo, e anal definitivamente pode ser melhor do que aquela minha primeira vez.
Depois de muitos anos sofrendo com as brincadeiras no fundo do quintal, a gente termina encontrando um caminho que te leva a redenção, mas alguém tem que deixar claro que isso não tem nada de fácil, e não é "chega lá, deita e rola".
Primeiro, imaginar pode até ser mais vantajoso, porque te dá um tesão louco e depois você resolve na buceta que não tem nada de doloroso. Mas pra eles, um cuzinho mais parece uma rosquinha de coco (desculpem o trocadilho) saída do forno na hora, irresistível. Meu marido enlouquece só de pensar. Por isso mesmo mantenho a rédea curta, porque é preciso clima, muito tesão, tudo muito limpinho, inclusive as suas "entranhas".
E por falar em entranhas, para quem já levou um tombo esquiando e caprichou na posição da queda na água, como foi o meu caso, ou um mais desafortunado que tenha precisado de uma lavagem intestinal hospitalar, como também foi o meu caso, já tem uma idéia vaga de como é o sexo anal para o elemento passivo, é uma violação de privacidade. Vejam, no entanto, que para a preparação do ato, a lavagem intestinal é muito interessante, uma versão caseira pode ajudar bastante, portanto se você tem uma duchinha em casa, mãos a obra!
No começo é como escovar a língua, dá até ânsia de vômito, mas depois, você descobre que ajuda até nos seus dias de constipação. Lava a duchinha antes e depois, põe a água pra dentro e depois pra fora (estou me referindo ao tal orifício que faz as vezes de astro neste contexto). Ah, tem umas duchinhas de farmácia, descartáveis, mas essas eu nunca experimentei.
E olha que eu disse que não ia ensinar nada...isso é coisa de dona de casa, não perde uma oportunidade pra ficar dando conselho. Mas vocês conhecem aquele ditado que se conselho fosse bom não se dava, vendia...pois me aguardem porque essa dica da duchinha ainda me rende uns trocados!!!
Segundo, sabe aquela estória pra boi dormir que tamanho não é documento? Pois é, pra aliviar uma xoxota, se o tesão tá na medida certa, nem precisa de muito enchimento, mas um pau avantajado é sempre bem vindo. Já no sexo anal, um tamanhozinho (pequeno) é mais adequado, pelo menos no meu cuzinho que é meio apertadinho. Meu primeiro parceiro era mediano, tamanho e grossura. Então foi menos difícil, um pouco menos doloroso. O meu marido, em compensação, tem um tamanho mediano, mas uma corpulência bastante dolorosa. Um anel de músculos, os esfíncteres, localizados um pouco depois da entrada do ânus, são os portões que devem ser arrombados para a penetração, estes são projetados para impedir a entrada de corpos estranhos bem como permitir a saída dos corpos indesejáveis, portanto para o seu organismo, sexo anal é uma tortura, mas pra você, se fizer direitinho vai experimentar o clímax do tesão e do prazer. De forma que um corpo grosso causa mais dor que um outro menos expansível. Nesse caso, os amiguinhos menos bem dotados são extremamente desejáveis.
Como eu ainda não pretendo trocar meu marido por 2 de vinte (um de caralho grande e grosso, outro de rola mais fina e menos avantajado) fui obrigada a encontrar meios sutis de minimizar o sofrimento no rompimento da barreira dos esfíncteres, porque depois disso, aí é só prazer e diversão. Nesse caso o remendo saiu melhor do que se esperava, comprei um consolo de viúva, nada de caralho, mas uma rola de tamanho mediano e grossura na medida certa pra violar o meu cuzinho sem sair arrebentando (sempre achei que um caralho era um pinto grande, e rola um pinto mais minguadinho, mas isso é opinião muito pessoal). Devagarzinho, com ajuda de um gelzinho ele faz as honras da casa (nunca esqueça de vesti-lo em uma camisinha), depois que os músculos já relaxaram chega aquele que se acha o dono do pedaço, ai é só trocar a camisinha e mandar o substituto brincar no hall da frente. E lembre-se a ultima palavra é a da dona da casa, portanto regule a impetuosidade do invasor e divirta-se, um pau na frente, outro atrás, isso sim a gente pode chamar de uma boa trepada. E antes que eu me esqueça, só dedinhos não é sexo anal, é brincadeirinha, e as bichinhas que me perdoem mas, tem que ser “cabra muito macho” pra tomar uma no cu.

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