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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Workaholic




Como o Waldir, no post dele aqui, já explicou o significado da palavra workaholic, vou me abster da semântica e vou direto às minhas considerações.

Aliás, vou fazer uma confissão. Não sonho em casar, sou mãe solteira por opção, adepta da famosa produção independente dos tempos modernos. Um belo dia, cansada da farra total, decidi que precisava dar um rumo na minha vida, precisava de uma ligação afetiva com alguém que fosse importante para mim, parte de mim, sem casar, que casamento é coisa para fracos. Achei um dos meus casos mais interessante,,um cara saudável, bonitão, inteligente, fã de esportes radicais e  numa noite fria regada a vinho, dispensei a camisinha, prometendo loucuras na cama. Nove meses depois, eu era mãe de um menino lindo. Que o caso não leia este post e não identifique a descrição da noite!

Mas, caso resolvesse que o casamento seria uma solução para a minha velhice, uma espécie de poupança misturada com auxílio saúde, o meu homem ideal seria um workaholic. Meu sonho. Estou louca? Não mesmo. Tenho minhas horas consumidas. É trabalho, mais criança em crescimento, mais casa que precisa de cuidados que só eu posso dar, na falta de uma excelente secretária do lar.

Um homem que tivesse tão pouco tempo quanto eu, não ficaria ofendido quando eu desmarcasse o jantar no restaurante, porque vou ter que passar a noite ajudando na maquete do trabalho de geografia.  Um homem que poderia simplesmente ir para o escritório no sábado à tarde, até com certo alívio, terminar um relatório, pois a praia que tínhamos marcado furou por causa de uma das minhas viagens urgentes de trabalho. E nem apareceria em casa no fim da tarde e me pegaria de surpresa fazendo uma faxina com short jeans cortado de uma calça velha, camiseta furadinha, e bobs no cabelo, porque viciados em trabalho estão tão acostumados a agendas e horários que raramente aparecem em casa fora do horário sem que fosse previamente combinado. O que facilitaria também algumas puladas de cerca com alguns homens (ou mulheres) interessantes, sem muitas explicações e estress sobre onde eu estava, com quem, etc.

Não é hábito aqui no blog respondermos em posts as perguntas que fazem no quadrinho aqui da direita, mas recebi um questionamento que cai perfeitamente com o tema. A May pergunta:

- Anette, tenho tara por gordinha e adoro sua flexibilidade. Como é que vc faz pra escapar do seu baby e dar umas fodinhas d vez em qdo?

Querida May: com disciplina e uma agenda organizada se consegue tudo! 

Mas repito: um workaholic seria a solução para os meus problemas. Poderia simplesmente fugir no meio do expediente do trabalho e passar no escritório dele para uma foda rápida, sem atrapalhar a rotina de ninguém. Seria quase como continuar solteira, mas com alguém mais para me ajudar a pagar as contas.

Aliás, este é um ponto importante: as contas! Meu marido-workaholic-ideal teria que ter uma conta bancária proporcional ao seu vício em trabalho, porque já que não vai dar assistência física em casa, tem que haver compensação, certo? Mesmo com a grana dele, eu não deixaria de trabalhar. Porque sou workaholic também!



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