Big Brother Brasil 10

Tem vários motivos que me levam a não gostar nem um pouco de Big Brother. O principal nem é ligado diretamente ao programa, mas ao fato de eu raramente assistir à TV. A televisão na minha casa serve mais para filmes e seriados que para o conteúdo da TV aberta. Como não assisto muito à televisão, não vejo motivo para pagar TV por assinatura. Então acontece de eu simplesmente não conhecer o Big Brother o suficiente para criticar com embasamento.

O meu conhecimento maior vem de comentários e discussões sobre o programa que se espalham por todos os lugares que frequento. Chego no barzinho com amigos e não tarda alguém levantar o assunto. No trabalho, um minuto de ócio e lá vem alguém comentar que fulano foi para o paredão e sicrano agora é o anjo.

Como o programa trata de pessoas confinadas, homens e mulheres sem televisão, livros ou outra ocupação que não a convivência, restaria a prática saudável de sexo, o que me fez me interessar pelo programa nas primeiras temporadas. Achei que poderiam colocar algo mais picante acontecendo, aí, sim, eu assistiria com prazer! Mas logo que vi o tal lance do “edredom”, broxei.

 Depois de definido como símbolo do movimento GLSBTTTTT, nunca mais pude usar nenhuma peça arco-íris sem que alguem olhasse de lado

Nesta temporada, alguns amigos que são GLSBTTTTTTT me disseram que este é o melhor de todos, o BBB da diversidade! Finalmente a Rede Globo está abrindo a mente das pessoas comuns para o não-preconceito, para a aceitação dos gays, lésbicas, bissexuais, transexuais, travestis e todas a letras do arco-íris. Entendo a empolgação deles, mas o que eu vejo não é nada disto. O que eu vejo é a emissora aproveitando um nicho de mercado em crescimento. A emissora, que não é boba nem nada, sabe também que a identificação das pessoas com os participantes de orientações sexuais diferentes cria um público fiel. E, para quem não se identifica com o travesti não travestido dentro da casa, ainda resta a curiosidade de saber como vive este “animal exótico em cativeiro”.

 Todo mundo conhece, mas ver uma Drag se pavonear é sempre interessante

Os homens, só por saberem que tem uma lésbica por lá, e uma bonita, ficam todos ouriçados para fantasiar com o fetiche que atrai 11 entre cada 10 homens: ver duas mulheres se beijando, doidos para entrarem no meio.
Então, nada de empolgação, amigos GLSBTTTT. Tudo o que move o BBB é mercado.