BBB - Big Brother Brasil

Eu nem assisto o BBB, e conheço poucos que se consideram da classe esclarecida da sociedade que admitiriam assistir, se bem que de vez em quando dou uma espiadinha só pra ver o Bial. Coroa enxuto, e o Waldir acha que ele é gay!

"Big Brother", e pensar que se inspiraram no clássico de George Orwell, "1984". Ele descreveu um futuro em que todos seriam vigiados pelo “Grande Irmão” através de uma tela que via e ouviu tudo e o lema era “Guerra é Paz, Liberdade é Escravidão e Ignorância é Força”. Nosso programa predileto pautado em um lema realmente adequado a cultura de massa, onde repito, “Ignorância é Força”.

Afora a indignação do conteúdo, aquilo é um absurdo de invasão de privacidade. Mas se me perguntassem se eu topavria participar, por um milhão (e meio, aumentaram o prêmio, acho que está muito difícil elevar o padrão dos participantes), quem  sabe eu não aceitaria o convite, afinal minha conta bancária anda meio negativa. Nunca me inscrevi no programa obviamente, mas se caísse assim do céu... Agora não sei o que faria pra me manter naquele covil de hienas depravadas. Primeiro obviamente teria que fazer aquelas plásticas que me deixariam apresentável às câmeras de TV, depois entrar pra uma aula de dança da bundinha e estudar um repertório de lezeiras e idiotíces pra me manter no interesse da mídia. Ou como recurso alternativo, aprender a cozinhar e segurar os selvagens pela barriga, quem assistiu ao filme "Estômago" vai entender o que estou falando.

O próximo desafio seria convencer alguém da minha família em aparecer na torcida dos paredões, isso seria realmente a parte mais difícil. Acho que mais viável seria gastar uma grana e contratar uns atores e figurantes pra vestir minha camisa. Ai que humilhação...

E depois encarar os amigos e dizer que na verdade o que rolava debaixo dos lençóis era uma partidinha de buraco (quem acerta o buraco), e que verdade verdadeira, eu não sou uma puta ignorante tentando aparecer através da super exposição dos meus air bags traseiros e dianteiros. De forma alguma, eu seria apenas uma menininha ingênua tentando um lugar ao sol na espreguiçadeira com o melhor ângulo pra câmera da piscina!

Quando eu era criança, as meninas desejavam ser aeromoças, a geração seguinte quis ser paquita, a outra, loirinha do tchã, e a sensação agora é ser piriguete do BBB. E não me imaginem tão velha assim, mas acho que realmente meus princípios me condenam e retiro então minha suposta pretensão de figurar entre os participantes dessa aviltante degeneração da consciência moral. Eu nem sou careta, foi sexo eu faço, e no maior prazer, de quatro, com quatro, o que for, e sensualidade é a coisa mais legal do mundo, provocar é bom demais, mas mostrar na TV o pessoal naquela baixaria...acho que estou ficando velha e ultrapassada. O que será que podemos esperar para a próxima década?!