Sexo no trabalho? Só se for uma rapidinha alí, no banheiro, no final do expediente... Se não sexo, ao menos uma pegaçãozinha. Uma mão naquilo, um aquilo na boca...
Mas, na real mesmo, nunca fiz sexo no ambiente de trabalho. Fico só na fantasia, imaginando as mil e uma utilidades do birô, as possibilidades daqueles ambientes recônditos que ninguém frequenta no horário de expediente, a rapidinha no banheirão quando todo resto do pessoal já foi embora...
Já sonhei bem uma dezena de vezes transando com colegas de trabalho. No outro dia, de manhã, quando me deparo com o cara, o tesão reacende, a imaginação voa longe, mas, claro, não dou pinta nenhuma. Com colegas de trabalho, não rola sexo nem relacionamento. Não mesmo!
Sou daqueles que acreditam: “Onde se ganha o pão não se come a carne”.
Acho que para os gays tem que ser assim mesmo. Afinal, com os colegas heteros a gente tem que impor respeito. Não dá para dar brechas (sem duplo sentido, tá!). Não dá para se queimar no lugar de trabalho e ficar conhecido como “a bicha que não-sei-quem tá pegando”. São essas as palavras que serão usadas. E credibilidade não se troca nenhuma boa gozada, nem por uma sequencia delas.
Lógico, no trabalho sempre tem também alguns colegas que são gays. Alguém com quem se poderia estabelecer uma relação. Neste sentido, não tive sorte. A amizade veio primeiro, ai, virou troca de figurinha: companhia pra balada, dicas de creme pra cá, conversa sobre ex pra lá... e por ai vai.
O duro disso tudo é que sempre tem as viagens a trabalho, de passar horas no carro, de dividir quarto de hotel, ver o outro trocar de roupa, sair à noite pra um boteco. Por ser gay, a gente termina se deparando com possibilidades maiores, pois raramente um homem e uma mulher dividiriam o mesmo quarto, o mesmo banheiro, sairiam juntos. Já dois homens, tá tudo em casa – mesmo se sabendo que um deles é gay. Sempre fica o climão no ar, mas tem que segurar!
Comigo já teve até uma situação de tesão à toda... Só eu e um cara no local de trabalho, em pleno domingo, sem a mínima possibilidade de alguém mais chegar. Antes, a gente sempre trocara olhares. No dia, ficamos um esperando o outro dar um sinal pra poder avançar. Pena, não rolou. Como toda regra tem exceção, nesse dia eu teria ganhado o pão, devorado a carne e palitado os dentes no final...
Eu e ele ainda somos colegas de trabalho. Quem sabe numa outra dessas! Afinal, a carne é fraca...
1 comentários:
Entendido, o lance de ser gay e dividir o quarto com colegas de trabalhop deve ser muito foda (ou a falta de) , quando vc tem aquele tesão pela pessoa, mas não pode ultrapassar os limites.
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