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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Masoquismo



Olha só, o tema dessa semana é masoquismo, mas se estamos falando de sexo, aí o mais apropriado é falarmos de sadomasoquismo, porque geralmente é assim que rola, um tem que ser sádico pra que outro seja masoquista e vice-versa, certo?!
Paqueramos com o sofrimento, o nosso e o alheio, e nos realizamos nele de forma quase doentia todos os dias, em nossos atos e pensamentos... mas não se preocupem, não vou me perder em subjetividades, o que seria muito fácil com um tema desses.

O que realmente define um sadomasoquista? Você se considera um praticante? Se concordar com meu ponto de vista, pode até se descobrir adepto da prática de longas datas. Eu mesma sou, e diria: Quem não é? A questão, ao meu ver, não é quem é, mas qual o seu grau de sadomasoquismo. Obviamente existem os exagerados, os doentios e alguns que nem sei como definir - e esses vamos deixar pra lá porque nem consigo entender.
Devo admitir que meu grau de tolerância à dor não me permite a prática em sua verdadeira essência onde a dor e o sofrimento seriam mais explorados. Mas um joguinho sexual, onde tapa de amor não dói, pode ser bastante prazeroso. Pra mim é mais um jogo de poder, onde um deve ser o dominador e o outro o submisso, e esses papéis podem se inverter dependendo do clima que se estabeleceu no momento. Acho que muitos de nós passamos por isso com bastante frequência e nem nos damos por conta do que está rolando.
Vamos imaginar uma transa habitual, quem toma a iniciativa, já começou um joguinho de poder, quem está por cima, quem está por baixo... Esse é um bom começo, mas fica realmente claro quem se manifestou como dominador quando, por exemplo, um segura o outro pelos cabelos com força, o coloca de quatro e penetra o ser submisso impetuosamente com movimentos que urram sua superioridade.
O prazer dele vai além da estimulação local, o prazer está em explorar o poder sobre o outro e também o de proporcionar prazer. Daí até subir mais um degrau nessa escalada de prazer com umas palmadinhas na bunda é um caminho curto, mas cheio de permissões que muitas vezes são difíceis de ficar claras, portanto o melhor caminho é começar com uma conversa de "pé de orelha" tipo: "me bate".
De início, o outro pode achar meio estranho, mas aí o jogo de palavras é que vai te levar até onde o seu limiar deixar..."me bate, mas começa de levinho, na bunda, se você gostar eu abro minhas pernas e você dá uns tapinhas na minha buceta, mas aí se eu gostar, deixa eu usar um chicotinho..."
E lembre-se, o linguajar é essencial. Não vá tentar trocar buceta por vagina, no máximo troque por uma outra igualmente "imprópria". Submeter o outro com palavras também vale e dá um tesão inimaginável. Isso você já viu nos filmes pornôs, mas já tentou fazer você mesmo?

A submissão feminina é mais fácil, tradicional eu diria. Quando a gente dá o cuzinho já está pra lá de iniciada, mas virar o jogo e domar seu leãozinho é uma tarefa árdua e é necessário que a praticante sinta-se livre pra expressar suas fantasias. Portanto, comece exercitando ficar por cima, fale umas obscenidades - as palavras têm poder - invada devagarzinho o espaço mais reservado do cara, que sem a menor sombra de dúvida é o cu.
O Brian provavelmente discorda de mim nesse ponto, mas o Waldir sabe bem do que eu estou falando. Daí, vá aumentando o número de dedinhos, umas palmadinhas entre um dedinho e outro e depois disso as conquistas de poder ficam mais fáceis. Quando eles descobrem o quanto gostam de ser dominados, começam os pedidos de "me amarre na cama e faça o que bem quiser comigo..."
Nesse ponto entram algumas práticas que podem ser humilhantes e que devem ser tratadas com bastante critério, principalmente quando o relacionamento é sério e duradouro. Além do mais, você tem que ponderar se isso ou aquilo realmente vai te trazer prazer.
E para aqueles que acham que indivíduos com impulsos agressivos mais intensos provavelmente seriam os mais cotados para este jogo sexual, estão redondamente enganados, pois os tímidos encontram na prática uma válvula de escape deliciosamente prazerosa!
Coloquem seus preconceitos e temores de lado e acabe com o tédio na cama. A dor está implícita no mecanismo da dominância e é essencial neste jogo de prazer, mas o principal é que seja consensual, seguro e que sirva como fim à realização de seus desejos mais íntimos e que te tragam equilíbrio emocional e psicológico e não o contrário.

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